Assimetrias cranianas: porque buscar a osteopatia nestes casos

Você notou alguma deformidade na cabeça do seu bebê? É comum que os bebês nasçam com a cabeça irregular, principalmente após parto normal. Ao nascimento, o crânio do bebê sofre diversas pressões, que o deforma, mas, geralmente, se corrige nos primeiros três dias após o parto. Quando isso não acontece, a assimetria pode ter origem no período intrauterino, durante o parto ou surgir nas semanas seguintes. Diversos fatores podem contribuir para a assimetria:

• Posição do bebê no útero

• Bebê com tamanho maior ao nascimento

• Posição do bebê mantida por mais de 6 semanas

• Torcicolo congênito ou preferência da cabeça por um lado

• Baixa atividade física na gravidez

• Atrasos no desenvolvimento

• Traumas durante o parto

• Uso de instrumentos de assistência ao parto (fórceps, vácuo extrator, etc.)

• Prematuridade

• Gestação múltipla

• Pouco estímulo e tempo prolongado em carrinhos, bebê conforto e cadeiras

• Posições repetitivas ao amamentar ou carregar o bebê

• Uso de travesseiros

• Pouco tempo de "tummy time" (tempo de bruços)

É difícil identificar a causa exata da assimetria e algumas podem estar relacionadas a deformidades ósseas, que, em alguns casos, requerem intervenção cirúrgica.

Assimetrias não cirúrgicas podem ser tratadas por fisioterapeutas especializados, e a osteopatia possui técnicas que auxiliam na correção delas. Iniciar o tratamento o quanto antes, reduz o número de sessões e os custos. 

Os travesseiros podem amenizar, mas não corrigem as assimetrias, sendo mais relevante corrigir o torcicolo, se presente, e as tensões corporais, e funções musculares. Na avaliação, são realizadas medições e classificações visuais e quantitativas para classificar a severidade, que influencia na duração e a intensidade do tratamento, que também varia pelo envolvimento dos pais nos exercícios em casa e possíveis atrasos no desenvolvimento da criança.

O tratamento envolve técnicas para aliviar tensões corporais e cranianas, alongamentos, posicionamento do bebê, estímulos para o desenvolvimento ativo da criança e, em casos mais severos ou com tratamento tardio, o uso de órtese (capacete).

Busque atendimento assim que notar assimetria ou preferência na posição da cabeça do seu bebê e sempre consulte a(o) pediatra.